Enfim, não consegui ler a resenha do meu amigo Gabriel e deixar de lembrar deste livro, que considero o melhor de todos os que eu já li (Sorry, Agatha). Peço desculpas por não ser tão boa quanto ele, mas juro que faço o meu melhor. u_ú'
A Menina que Roubava Livros tem um grande significado emocional para mim, já que foi presente de uma professora de história, a qual jamais irei esquecer. De cara, ele já chamou minha atenção: "Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler." Até então, eu não tinha a menor ideia da história contida naquelas páginas, portanto fui ler a sinopse e aí, foi outro motivo para eu me apaixonar: o cenário é a segunda Grande Guerra, um assunto pelo qual me interesso imensamente. O que veio a seguir foi iniciar aquela leitura contagiante. Além disso, a forma como os capítulos são distribuídos, seus títulos e as pequenas observações, fazem tamanha diferença quando comparados a outros livros.
SÍNTESE
Nossa narradora, a Morte, inicia com algumas apresentações: ela mesma, as cores e a roubadora de livros - Liesel Meminger, uma garota que vive de perto todo o terror da Alemanha Nazista.
A mãe de Liesel não tem condições de cuidar dela e de seu irmãozinho, e com o intuito de dar a eles uma vida melhor, decide que a coisa mais sensata a fazer é e deixá-los com um casal: eles seriam adotados, mas durante a viagem, o pequeno Werner acaba morrendo devido ao frio. E é no seu funeral que a Morte vê Liesel pela primeira vez, quando ela rouba seu primeiro livro em meio aquela imensidão branca da neve, "O Manual Do Coveiro." E é com esse livro escondido em meio a suas coisas que ela é entregue na Rua Himmel para Hans e Rosa Hubberman, os pais adotivos. Hans é um cara gentil e sorridente e trabalha como pintor nas redondezas; Rosa, uma dona de casa com a cara fechada, mas com um grande coração. E Liesel aprende a amá-los de uma forma profunda e sincera.
Quando Hans a ensina a ler, ela não consegue mais parar e descobre o fascínio que tem por livros.
Apesar de ser somente uma criança, - afinal, tem 10 anos de idade - ela sofre as consequências e enfrenta várias dificuldades que aparecem no caminho, mas tudo isso sem deixar a pontinha de esperança morrer dentro de si. Liesel vive muitas aventuras ao lado do melhor amigo, Rudy. Eles dividem tudo - desde sorrisos, até a fome que precisam passar. Uma das coisas mais bonitas é a amizade que eles tem, você consegue perceber que é uma coisa sincera, não contém maldade nem falsidade. Eles se amam de verdade. Rudy vive ajudando Liesel em situações inimagináveis e a única coisa que pede em troca:
- Que tal um beijo, Saumensh?
Acho que isso foi o que levou o livro para frente, nada desses romances adolescentes que todos estão acostumados. Foi um baque na literatura, tratar desse tema com tanta profundidade.
Há um outro ponto interessante: quando Liesel começa a frequentar a casa do prefeito ou, mais especificadamente, a biblioteca da mulher do prefeito. Lá dentro, ela descobre um universo fantástico aos seus olhos...
Como já faz um tempo que eu li, não sei ao certo qual foi a ordem dos acontecimentos, mas todos eles são surpreendentes. Principalmente quando Hans resolve abrigar um judeu, filho de um antigo amigo, no porão de sua casa. Todos correm perigo e a pequena Liesel sabe que tem que manter esse segredo. Ela e Max - o judeu - criam um laço fraternal lindo, e conseguem sorrir, apesar de tudo.
Não sei se consigo colocar mais coisas aqui sem contar o que acontece, mas tudo deixa você encantado e querendo saber logo o final. Uma dica: Você vai chorar. Pode ter certeza, mesmo que não seja uma pessoal completamente sensível,o livro arranca lágrimas dos olhos automaticamente. É impressionante, maravilhoso, chocante, direto... tudo.
Uma adaptação para o cinema está prevista para estréia em janeiro de 2014, abaixo segue o trailer.
Título Original: The Book Thief
Idiomas: Alemão e Inglês
Gênero: Ficção Histórica
Lançamento: 2006