Eu pretendia resenhar os três livros de Jogos Vorazes seguidos, mas estou com uns problemas na leitura de "A Esperança" e a Lilah está com problemas na internet, então para não deixar vocês sem nenhum post no blog, aqui vai uma resenha nova.
Espero que gostem ♥
Não vou colocar sinopse, pois a Lilah já fez a síntese ;)
RESENHA
Eu devo começar esta resenha dizendo que este não é um livro pra qualquer um ler. É um dos campeões de abandono. Eu posso dizer que faço parte das pessoas que conseguiram ler inteiro, mas também sou parte do time dos que abandonaram.
Sempre ouvi as pessoas falarem desse livro, principalmente em postagens na internet, além de me indicarem várias vezes... então eu decidi pegá-lo na biblioteca da minha cidade. Comecei a lê-lo e posso dizer que a primeira sensação que você sente é um choque, ao ver a narradora. Você espera que seja a protagonista ou algum narrador-observador, mas não é ninguém menos do que a própria morte.
Não posso deixar de mencionar a estrutura deste livro, ele é escrito com parágrafos pequenos e diretos e cheio de pequenas notas da narradora no livro, fazendo observações, traduções ou apenas explicando algo que você acabou de ler. Definindo em uma palavra: original ou diferente.
Confesso que fiquei com um pouco de medo, pois pensava que poderia ser algo de terror e se eu ler coisas desse gênero, eu não consigo dormir à noite, mas prossegui na leitura. O livro já começa no meio da tragédia, quando o irmão da protagonista tem um acesso de tosse e morre logo no primeiro capítulo. Conforme a leitura vai avançando, ela não se torna envolvente e nem te prende, pelo contrário, ela espanta você do livro, mas você se mantêm forte para continuar. A sensação é inexplicável, mas não é ruim.
Aconteceu que o prazo para entrega expirou e eu acabei devolvendo o livro antes de ter chegado na metade e cinco meses depois, eu comprei o livro na internet para prosseguir a leitura.
É o tipo de livro que você larga e depois volta a ler, porque não quer desistir da leitura. Não diria que é cansativa, eu diria que ela apenas não é envolvente, ela não te convida a passar várias horas lendo. O leitor lê por cerca de cinco minutos e depois de um tempo, por mais cinco minutos e assim vai. Esta situação muda quando a história chega na antepenúltima parte, ou seja, se fosse uma novela, seria naquela parte em que o locutor diz "Não perca os últimos capítulos" no comercial.
A partir daí, você não consegue mais parar de ler, você se empolga. Eu fiquei das duas da tarde até seis horas sem parar, depois eu estava tonto e mal conseguia levantar da cama, por conta de ter chorado muito e por causa do choque que o livro traz. E eu vou dizer uma coisa... eu nunca chorei com filmes e nem livros, mas "A menina que roubava livros" dá um nó na garganta impossível de controlar. Até o cara mais durão é capaz de pedir colo pra própria mãe depois de ler.
Falando desse jeito, parece que eu odiei o livro, mas não é bem assim. Ao contrário do que se pensa, eu amei este livro e posso listá-lo entre os melhores que já li, se não for o melhor. É um livro que mostra como era a Alemanha nazista (um assunto interessante) com um final simplesmente surpreendente; você não pode imaginar o que vai acontecer. A história é maravilhosa, apesar de muito triste. A todo momento, o autor faz você parar para pensar e refletir e a leitura mostra a morte de um jeito que você nunca viu.
Lembre-se que quando a morte conta uma história, você deve parar para ler.
Mas só se tiver peito o suficiente para isso.
Seja forte.
Ficha do livro e trailer do filme na síntese feita pela Lilah.
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