1984 - George Orwell

Estou de volta, depois de muitos anos, com uma resenha de um livro que me deixou em estado de choque. Sério, galera, se eu continuar nessa vida de leitor, vou ter que fazer acompanhamento psiquiátrico com anti-depressivos. Mas enfim, vamos ao que interessa: a resenha. Eu já queria ler esse livro porque me indicaram em um clube de leitura e uma semana depois, meu professor de sociologia passou a obra como leitura obrigatória para prova. Quase caí da cadeira de tanta felicidade haha


SINOPSE

Mil novecentos e oitenta e quatro oferece hoje uma descrição quase realista do vastíssimo sistema de fiscalização em que passaram a assentar as democracias capitalistas. A eletrônica permite, pela primeira vez na história da humanidade, reunir nos mesmos instrumentos e nos mesmos gestos o trabalho e a fiscalização exercida sobre o trabalhador. O Big Brother já não é uma figura de estilo converteu-se numa vulgaridade cotidiana.

RESENHA 

Enredo

O enredo de 1984 é uma mistura incrível de ficção e crítica social escancarada. O livro se tem cenário futurista, apesar de se passar em 1984. Isso porque o livro foi escrito em 1949, então na época, o livro narrava o que aconteceria dali a 35 anos. Alguns leitores afirmam que George Orwell só errou o ano, pois estamos chegando perto da realidade do livro.

Basicamente, o livro nos conta que o mundo foi dividido em três grandes continentes: Eurásia, Lestásia e Oceania. O protagonista é um cidadão da Oceania. Em todo o continente, as pessoas eram vigiadas por uma tela fina, fixa à parede, chamada "teletela". A sociedade estava dividida entre membros do Partido Interno (classe alta), membros do Partido Externo (classe média) e os proles (classe baixa e maioria da população). Winston Smith é um membro do Partido Externo, que reside na Pista Nº 1, que um dia fora chamada de Londres. 

Os membros do Partido eram sempre os mais vigiados pelas teletelas e pelo Grande Irmão - em inglês "Big Brother" - e não podiam fazer praticamente nada. As teletelas nunca desligavam e os cidadãos tinham que fazer tudo o que era ordenado por elas. 

1984 narra uma distopia, onde a manipulação midiática é a principal arma de controle do governo sobre a população. Por todos os lados, há cartazes com a foto do Grande Irmão dizendo "O Grande Irmão zela por ti." e há departamentos governamentais especializados em alterar fatos do passado, dando a impressão de que Big Brother nunca erra. A todo momento, o Partido descobre um traidor e este simplesmente desaparece e qualquer documento escrito que provasse que este traidor havia existido é alterado ou destruído, para que a pessoa seja esquecida, como se nunca tivesse nascido. 

Há a figura inventada de Goldstein e a Fraternidade, um grupo de pessoas que eram contra o poder do Grande Irmão. Na Semana do Ódio, as pessoas paravam em frente às teletelas que transmitiam uma imagem deste revolucionário e gritavam com repúdio, como em um transe. A história do protagonista "começa" a partir deste momento.   

De modo geral, o enredo de 1984 pode ser definido como angustiante. Afinal, trata-se de uma distopia. O que torna o enredo ainda mais deprimente é saber que nós corremos o risco de não estarmos longe de uma realidade parecida com aquela. Durante toda a leitura, seus sentimentos variam entre: indignação, alívio, tristeza, nojo, espanto. É um enredo extremamente pesado, carregado de crítica social. Não é pra qualquer um. 

O final do livro foi o que me deixou mais indignado. Foi uma cena engraçada quando eu terminei. Foi agora a pouco, eu estava voltando da escola, sentado em um ônibus lotado. Quando eu li as palavras finais eu olhei para a frente provavelmente muito vermelho, fechei o livro bem lentamente, respirei fundo e guardei ele na mochila. Precisei fechar os olhos, abri-los e olhar pela janela feito um retardado, porque senão eu ia puxar alguém pelos cabelos. 

Do jeito que eu escrevi, parece que o livro é ruim, não é? Pois saiba que de forma nenhuma. Com certeza, entrou para o TOP 5 de melhores livros que eu já li. Mas estou sendo sincero nesta resenha. Eu até diria que é um livro de leitura obrigatória para a vida, mas eu novamente repito: não é pra qualquer um. 

Personagens 

Winston Smith - Protagonista da história. Trabalha com a alteração de documentos históricos, no Departamento de Registro. Ele se encontra no dilema de não concordar com o poder do Grande Irmão, mas jamais poder demonstrar isso em frente às teletelas, que estão em todos os lugares. A vida dele é bem sem-graça e monótona, como a de quase todos os cidadãos da Oceania. Pelo menos até ele encontrar Júlia.

Júlia - A mulher - de caráter duvidoso - diz ser uma inimiga do Partido, assim como Winston. Porém, uma pequena passagem no fim do livro, acabou me deixando com uma pulga atrás da orelha a respeito desta personagem. Eles mal se conhecem, mas ao ajudá-la a se levantar de uma queda, o protagonista recebe um papel com certo recado. A partir daí, os dois passam a conviver, escondidos na casa de Mr. Charrington.

Mr. Charrington - É um homem que faz parte dos proles, dono de um antiquário, onde Winston comprara um diário há sete anos. Isto era altamente proibido, já que diários são um meio de se guardar informações e provar que o Partido alterava o passado. Winston nunca foi denunciado à Polícia do Pensamento pelo dono do antiquário, portanto, ele acreditou que podia confiar no homem. Alugou um quarto pertencente a Mr. Charrington, sem teletela, onde ele podia se sentir livre e podia esconder-se com Júlia. Apesar de previsível, eu fiquei muito impressionado com o que este homem faz no final da história. 

Parsons - Vizinho de Winston. Um rapaz repugnante, gorducho e fedorento à suor o tempo inteiro. Criou duas crianças que são verdadeiras pestes. Fazem parte do grupo de Espiões, que são crianças que denunciam qualquer ideia criminosa ou pessoa suspeita à Polícia do Pensamento. Não tem papel importante na história. 

O'Brien - É um membro do Partido Interno. Durante a semana do ódio, os olhares dos dois se encontraram, fora do transe que fazia com que todos esbravejassem contra Goldstein e sua imagem na teletela. Winston acredita que aquilo poderia ser um sinal de que, assim como Júlia, O'Brien também era um inimigo do Partido, infiltrado no meio de todos os alienados. Um pouco depois do meio da história, ele decide confiar em O'Brien, que confessa ser um membro da Fraternidade, o grupo que ia contra o Grande Irmão. Este foi outro personagem que me deixou impressionado. 

Grande Irmão - Não se sabe se esse homem realmente existe ou é apenas uma grande invenção do Partido, para fazer com que o povo aceitasse todas as decisões. Eu, particularmente, creio que o Grande Irmão não exista. Você deverá tirar suas próprias conclusões ao ler. De qualquer forma, ele só aparece simbolicamente no livro. 

Escrita

Se você lê livros de literatura clássica, você consegue ler 1984 tranquilamente. É muito bem escrito, com vocabulário rico. Há ainda, a adição de novas palavras como "teletela", "crimidéia", "falascreve" e outras que fazem parte do cotidiano em 1984 e da Novilíngua, que era um idioma inventado pelo partido a fim de reduzir cada vez mais o vocabulário das pessoas, evitando o pensamento elaborado de rebelião. Não espere uma leitura simples como se vê em sagas do tipo "Harry Potter", "Percy Jackson" e "Jogos Vorazes". Esse é um daqueles livros que se lê com um dicionário ao lado, se você não for acostumado com obras de vocabulário rico. 

Recomendado para...

-Pessoas que gostam de política. É um crime você querer aprender sobre política sem ler 1984. 
-Pessoas que gostam da sociologia e qualquer estudo ligado ao homem na sociedade atual. 
-Pessoas com visão crítica. A respeito da mídia, principalmente.
-Pessoas que gostam de livros com cenário angustiante e/ou final triste/chocante. 
-Pessoas que gostam de livros inteligentes.
-Pessoas que gostam de enredos pesados. 

Nota do tio Biel 
(de 1 a 100)

É importante ressaltar que as opiniões sobre qualquer livro variam muito e minha nota não deve ser considerada na hora de você escolher se vai ou não ler o livro :D  

Nota 97


Título original: 1984
Gênero: Distopia, Ficção
Idioma original: Inglês 
Publicado em: 1949

O livro tem duas adaptações para o cinema. Uma é de 1956 e a outra de 1984. Só encontrei a de 1956 na internet, mas a de 1984 foi bem mais fiel. 




Distribuição de Livros em Santos - SP

E eis que aqui teremos um post especial, que não contará com resenhas ou sínteses alguma mas sim, com uma dica de evento! Isso mesmo, vejam que demais!



Um colega meu dos Encontros de Semideuses da Baixada Santista organizou um evento maravilhoso, o qual tem o propósito de incentivar a leitura que se torna cada vez mais escassa nesse nosso mundo. É um evento SEM FINS LUCRATIVOS, no qual quem pode, leva livros para doação e, quem não pode, os recebe. Ajude-nos a espalhar conhecimento (e aproveitem para fazer amigos! ) nesse ato que deveria ser partilhado por muitos.

Essa será a primeira edição - e, esperamos, uma de muitas - realizada no Quebra Mar, um ponto bastante conhecido da região. Por favor, não deixem de comparecer.

Endereço: Quebra Mar - Av. Presidente Wilson, José Menino.
CEP: 11320-030
Santos - SP
Data: 03 de Agosto de 2014
Horário: das 14h00min às 17h30min

OBS: Caso chova, o evento será adiado para a próxima semana, afinal, e um local à céu aberto.

Mais informações podem ser encontradas no link do evento no facebook: Distribuição de Livros - 1ª edição, Santos - SP

O Guarani - José Alencar

E após uma maravilhosa noite de sono e muita reflexão, seguro o final da manhã firme na palma da mão e uso todos os raios solares que entram pela janela e pela fresta da porta a meu favor. O cheio do almoço na casa da vizinha invade o pequeno cômodo no qual me encontro, e uma música exageradamente alta da casa da frente me tira um pouco a concentração. Fixo toda a minha atenção no que desejo compor, esperando com todo o coração ter sucesso.

O amor que recentemente adotei por nossa literatura não permite fazer qualquer outra síntese, senão a de mais um clássico: O Guarani, de José de Alencar, que foi publicado pela primeira vez em folhetim, como pedia a  época e depois passado para livro, quase sem alterações.

SÍNTESE


"A velha índia fitou-o com olhos muito tristes.
 Depois, sem olhar para trás, partiu. 
Peri tinha escolhido ficar, para cuidar de Ceci."

Quem nunca ouviu falar de Peri e Ceci, não deve ter muita experiência com o mundo dos livros, pois é umas das mais famosas obras de literatura e a mais importante de José de Alencar - com exceção, talvez, de Iracema. O enredo é dividido em algumas partes importantes, mas todas acabam se voltando para a devoção de Peri - um índio, da Tribo goitacá - por Ceci, uma mocinha branca. Mas vamos começar do -começo, como o óbvio sugere.

Em meados do século XVII, quando nosso país ainda era uma das colônias de Portugal, três amigos europeus vieram para o Brasil como representantes e eis que um acontecimento inesperado faz com que um desses três, o missionário, deixe a cobiça falar mais alto e - passando por cima de todos os seus preceitos - parte em busca de um tesouro, porém que não lhe pertence. 

Esse missionário, agora pelo nome de Loredano, se infiltra no meio dos cavaleiros de D. Antônio, um senhor que há algum tempo ganhou posse nas nossas terras, para poder conseguir alcançar sua meta e se vê apaixonado pela filha de seu senhor, D. Cecília, uma loirinha delicada e muito disputada. Ele a deseja só para si, e muito faz para tê-la, porém toda a fidelidade que o índio tem pela moça não permite que nenhum mal lhe aconteça.

Ainda existem vários fatores importantes: a guerra que os aimorés travam contra a família de D. Antônio; o amor incondicional e secreto que Isabel nutre por Álvaro, o noivo de sua prima, Cecília; todo o mal que Loredano e seus comparsas planejam para D. Antônio e sua família, etc, etc.

Por toda a parte está Peri, prestes a servir sua senhorinha, e apesar de não ser retratado como mais que um menino-homem, age como um. Não tem como prolongar esse lengalenga sem contar mais detalhes e, assim, tirar toda a graça da obra. Não me arrependo de, em um dia no qual a chuva caÍa vagarosamente e em pequenas quantidades do céu, ter decidido descobrir mais a fundo o porquê de tantas pessoas me indicarem o mesmo livro... e aqui deixo indicado a vocês, idosos, adultos, jovens, crianças, qualquer um que seja mestre na arte da leitura.

" - Por que me chamas Ceci?
  - Porque Ceci é o nome que Peri tem dentro da alma. "

Título Original: O Guarani
Idioma: Português
Gênero: Romance brasileiro
Ano de Lançamento: 1857

Houveram várias adaptações inclusive em cinema mudo e ópera.

A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo

E depois do que se pareceu uma eternidade, sento-me diante dessa máquina de escrever moderna e encaro as teclas, sem nenhuma inspiração que me possa ser útil. Quem sabe, se esses aparelhos fossem menos sofisticados, eu me desse melhor com os dito cujos. E como diria aquela velha frase que todos conhecem: um dia frio, um bom lugar para ler um livro e - acrescento minhas próprias palavras aqui - uma xícara de café (que no meu caso, torne-se chocolate quente). 

Sem mais delongas, venho apresentar alguns resultados de minhas leituras mais recentes, e me resolvo por começar com um clássico literário de nossa pátria que - um dia - foi amada.

***

O livro me olhou com suas páginas amareladas. Eu o encarei e o segurei entre meus - nada - delicados dedos: nos apaixonamos.


SÍNTESE

"Um moço e uma moça, porém, andavam como se costuma dizer, solteiros; cem vezes dela se aproximava o sujeito, mas a bela, quando mais perto o via, saltava, corria, voava como um beija flor, como uma abelha ou, melhor, como uma doidinha. Eram eles D. Carolina e Augusto."



O centro deste universo de poucas páginas é a pequena Carolina, cujo temperamento forte não permite que ela se assemelhe a qualquer outra citada no romance. Tudo começa quando Filipe - irmão da nossa garota - faz um convite a seus inseparáveis companheiros do curso de Medicina, convidando-os a passar o feriado de Sant'Ana um uma belíssima ilha, na qual sua avó tem propriedades. Como não recusam meios de se divertir, aceitam de imediato, com exceção de um: Augusto. Mesmo depois de todas as promessas de que haverão muitas moças bonitas a sua espera, este diz não ser um romântico e é neste ponto que surge o que será a alavancada para o resto da trama: a aposta.

Eis que depois de se entenderem, todos partem para um fim de semana cheio de traquinagens e corações acelerados e então Augusto encontra os três principais objetos de derrota de sua aposta: D. Joana, de dezessete anos, madeixas escuras, olhos negros e pele pálida; D. Joaquinha - a que chamam Quinquina -, uma loura bem aperfeiçoada de olhos azuis e pele rosada, um ano mais nova que a primeira; e D. Carolina, de apenas 14 anos, uma graciosa moreninha. 

Cada vez mais imerso em seus pensamentos, Augusto se vê prestes a quebrar uma promessa muito importante de seu passado, tal promessa que foi feita para uma vida inteira; todos o julgam tratar o amor por uma coisa sem mais importância, porém nenhum presente sabe o motivo de seu comportamento.

Ao longo da história, descobrimos que o rapaz tem bons argumentos a seu favor, mas também que seu coração amolece diante da encrenqueira Moreninha - que, por sua vez, nutre sentimentos semelhantes para com o moço. 

Em meio a todas as aventuras, fofocas, segredos não tão secretos, águas mágicas e uma bondosa senhora capaz de ouvir suas lamurias do passado, nos comprometemos com o livro de uma maneira séria, sem podermos renunciar esse matrimônio até que a última página nos separe. Repleto de personagens magníficos e de personalidade própria - um bom exemplo é D. Joaninha - com um cenário estupendo e com referências a lendas e culturas locais, A Moreninha me vez ver com outros olhos o significado de um breve...

A indicação fica para os amantes de nossa literatura e para aqueles que gostam de um romance à moda antiga, sem tantos frufrus. A escrita da obra original é um tanto complicada devido a época, todavia nada que algumas consultas ao dicionário não possam resolver. Não me atrevo - não mais - a dizer que qualquer livro seja mais perfeito que o outro, entretanto de uma coisa tenho certeza: este é simplesmente único. 

"Lá, bem às escondidas, ela derramou uma lágrima. Doce lágrima... era de prazer."


Título original: A Moreninha
Gênero: Romance; literatura brasileira.
Idioma: Português
Ano de lançamento: 1844



Abaixo o filme, que é uma das muitas adaptações da obra:



Dom Casmurro - Machado de Assis

Cá está o cara mais legal daqui com uma nova resenha.
É o seguinte, eu sou um cara que defende com unhas e dentes qualquer livro da literatura brasileira, então vai ser difícil ver resenhas de livros internacionais. Não vou ler muitos internacionais porque eu estou ampliando meu "repertório" de livros nacionais e porque vou prestar ENEM, por isso serei obrigado a ler alguns.
Bom, vamos lá ♥


SINOPSE

Machado de Assis (1839-1908), escrevendo Dom Casmurro, produziu um dos maiores livros da literatura universal. Mas criando Capitu, a espantosa menina de "olhos oblíquos e dissimulados", de "olhos de ressaca", Machado nos legou um incrível mistério, um mistério até hoje indecifrado. Há quase cem anos os estudiosos e especialistas o esmiuçam, o analisam sob todos os aspectos. Em vão. Embora o autor se tenha dado ao trabalho de distribuir pelo caminho todas as pistas para quem quisesse decifrar o enigma, ninguém ainda o desvendou. A alma de Capitu é, na verdade, um labirinto sem saída, um labirinto que Machado também já explorara em personagens como Virgília (Memórias Póstumas de Brás Cubas) e Sofia (Quincas Borba), personagens construídas a partir da ambiguidade psicológica, como Jorge Luis Borges gostaria de ter inventado.

RESENHA

Enredo

Este foi um dos poucos livros que eu não dei uma pausa enorme no meio da leitura, pois o enredo de "Dom Casmurro" é muito interessante. Basicamente, é sobre Bentinho, um garoto apaixonado por sua vizinha  - Capitu. A mãe de Bentinho havia feito uma promessa à Deus dizendo que se seu filho nascesse com saúde, ela o colocaria no seminário quando chegasse a hora. Esta hora chega e Bentinho está determinado a não se tornar padre, para que possa se casar com Capitu. No seminário, ele conhece um rapaz chamado Escobar, que também não quer virar padre para que possa trabalhar com o que gosta. Os dois garotos saem do seminário e seguem suas vidas sendo sempre muito amigos. 

ATENÇÃO - ALERTA DE SPOILER QUE PODE FAZER A HISTÓRIA PERDER A GRAÇA!

Na segunda parte, Escobar está casado com Sancha e Bentinho está casado com Capitu. A mulher de Bento engravida, supostamente de seu marido, mas quando a criança cresce, ela tem os mesmos traços e o mesmo jeito de Escobar. Bento vê que o filho não era dele e expulsa Capitu de sua casa, mandando ela e o filho para a Europa. Isto cria o grande mistério do livro, talvez você já tenha ouvido a frase: Capitu traiu ou não traiu Bentinho? 
Nota: Eu acho que o filho era mesmo do Escobar, mas Capitu não traiu por maldade. 

FIM DO SPOILER

Claro que este resumo é extremamente raso, apenas para vocês terem uma noção de como é a história. Enfim, ela é completamente narrada do ponto de vista de Dom Casmurro, ele conversa com o leitor, contando a sua vida (que é o enredo do livro) e ocasionalmente, ele volta ao "presente", fazendo pequenas observações. Encantador!

Personagens

Quase toda a história do livro gira em torno de Capitu, a paixão de Bentinho. Capitu é considerada uma das personagens mais indecifráveis da literatura nacional. Alguns a veem como mocinha, outros a veem como vilã. É uma mulher muito bonita, misteriosa e graciosa. Descrita celebremente como "moça de olhos de cigana oblíqua e dissimulada". Olha, é bem difícil pra mim tentar descrevê-la pra vocês, pois não dá pra definir uma personalidade exata para Capitu. Eu, particularmente, a considero como mocinha. Mas quando você ler o livro, você terá uma definição diferente para ela. Assim, o mestre Machado de Assis criou uma das mais famosas personagens da literatura. 

Bentinho é o protagonista. Um rapaz extremamente ciumento e desconfiado em todos os sentidos. É muito pensativo e age de modo rápido. Muito apaixonado por Capitu, sempre pedia conselhos a ela para poder se livrar do seminário. No início de sua paixão ele teme mais que tudo perder o amor da garota, por isso acaba tendo algumas brigas por conta do ciúmes. Quando cresce ele se torna simplesmente... casmurro. Eu, particularmente, o achei até mesmo um tanto psicótico. Não gostei do personagem, pra mim ele era o vilão de toda a história.

Escobar é o antagonista. Conheceu Bentinho no seminário e tornou-se um grande amigo dele e seu confidente. Sua paixão era o comércio, por isso ele não queria se tornar padre. Ao saírem do seminário, Escobar casa-se com uma amiga de Capitu, chamada Sancha. Os dois casais costumavam encontrar-se para comerem e se divertirem. Eles tinham uma filha cujo nome eu não lembro. Escobar morreu afogado, após bater numa pedra no mar em um dia tempestuoso. Escobar é um rapaz inteligente e simpático, mas tinha um ar um tanto maligno.

Esses são os três personagens mais importantes do livro. Há também Sancha, Ezequiel (este tem importância, mas não vou contar sobre ele para não tirar a graça da leitura), José Dias, Tio Cosme, Dona Glória e vários outros. Todos eles são encantadores. Dom Casmurro não teve nenhum problema em relação ao desenvolvimento dos personagens. 

Escrita

Eu amo o modo como Machado de Assis escreveu o livro. Todos os personagens são descritos do ponto de vista de Bentinho, por isso geram-se dúvidas a respeito do caráter de todos eles. As palavras são aquela coisa bem "Século XIX", mas não é difícil de entender. É um pouco mais difícil do que ler Clarice Lispector. É um livro muito bom para quem quer aumentar o vocabulário.

Recomendado para

Toda e qualquer pessoa neste universo. Quem gosta de romance e mistério não pode deixar de ler este livro. Quem quer se iniciar no mundo da leitura dos clássicos brasileiros, deve começar por Dom Casmurro, sem dúvidas. Porém, acredito que este livro vá agradar a todos os gostos, até mesmo quem não gosta de histórias de amor.

Nota do tio Biel

É importante ressaltar que as opiniões sobre qualquer livro variam muito e minha nota não deve ser considerada na hora de você escolher se vai ou não ler o livro :D  


Nota 94



Título original: Dom Casmurro
Gênero: Romance de amor
Idioma: Português
Ano de lançamento: 1899

A Globo fez uma série chamada "Capitu", baseada no livro. 



A Hora da Estrela - Clarice Lispector

Olá meus queridos marshmallows! Desculpem minha ausência, ela se dá devido ao fato de que eu realmente tenho um zilhão de coisas para fazer que podem ser resumidos em uma palavra: estudo. Enfim, tenho muitos livros novos para ler, porém o tempo não me pertence... portanto irei fazer a síntese de um livro que li no  início do ano da nossa tão aclamada autora, Clarice Lispector. 

Peço perdão, desde já, por não conseguir fazer algo tão divino quando o maravilhoso Best Biel fez, contudo, darei meu melhor!


SÍNTESE

"Bem sei que é assustador sair de si mesma, mas tudo o que é novo assusta."

O livro, narrado por Rodrigo S.M (alter ego de Lispector), conta toda a trajetória da pobre Macabéa, uma alagoana órfã, criada pela tia, que não possuía nenhuma beleza exterior, não conseguia se comunicar com os demais e sentia-se um nada na vastidão do mundo. A nordestina acaba indo para o Rio de Janeiro, a fim de achar um trabalho que possa melhorar sua vida, coisa praticamente impossível já que tinha estudado apenas até o terceiro ano do primário. Por fim, acaba por encontrar um emprego no cargo de datilógrafa - no qual precisa escrever letra por letra. Sua casa era um quarto de pensão dividido com mais quatro colegas. Uma pessoa simples. Simples ao extremo. Olha-se no espelho e não vê nada em si mesma.

O narrador, durante todo esse longo percurso (que não é tão longo assim, contando as poucas páginas do livro), mostra seu ponto de vista em relação a personagem. Como pode alguém prender-se tanto a coisas insignificantes? Sentir-se feliz com as pequenas coisas da vida? Macabéa consegue essa dádiva e sorri para quase tudo. 

Uma coisa interessante é a inveja que tem de sua colega de escritório, Glória, mesmo essa não tendo nada de bonita: Glória tem dinheiro. 

É uma obra que pode ser chamada, no mínimo, de interessante. Ainda há no desenrolar da trama o namoro de Macabéa que parecia, até então, impossível de acontecer. Muitas coisas - mínimas - sobre a vida da mocinha ingênua são esclarecidas; algumas outras, nem tanto. Contudo, é algo pelo qual você anseia o final: o que acontecerá com ela? Qual será o enredo da história? Será que a vida de Macabéa dá um salto rumo ao magnífico?

Coisas que simplesmente não posso dizer, já que a última página é de comoção e confusão total. Creio que, para os que gostam de uma boa reflexão, o livro será uma boa pedida, agora para aqueles que não são tão ligados assim, podem ao menos ler e entenderão, com toda a certeza, a mensagem que o pseudonarrador nos quer passar.

"Para ela, a realidade era demais para ser acreditada. Aliás, a palavra 'realidade' não lhe dizia nada."

Existem duas adaptações dessa obra para o cinema. Uma data de 1985; nunca assisti para poder dar minha própria opinião, mas através de pesquisas pude perceber que é fiel o bastante para agradar a quem quer um filme completo.



A outra é um especial produzido pela Rede Globo de televisão.


Título Original: A Hora da Estrela
Idioma: Português
Lançamento: 1977
Gênero: Romance


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A paixão segundo G.H. - Clarice Lispector

Olá, leitores õ/
Cá estou eu, com mais uma resenha. Mais um livro nacional porque livros brasileiros são vida ♥
Eu vou mudar um pouco o jeito de resenhar a história, porque as anteriores estavam confusas e muito fraquinhas. A partir de hoje, eu irei dividir o texto classificando em categorias. Vocês vão entender melhor depois que lerem e em breve eu editarei as resenhas antigas :)


SINOPSE

A escultora G.H. nos conta sua experiência vivenciada a partir do instante em que entra no quarto da ex-empregada, vê o surgimento de uma barata no guarda-roupa e a esmaga na porta. Daí em diante, tomada por uma mistura de medo e repulsa, G.H. vive com a barata durante horas e horas a sensação de ter perdido a sua "montagem humana". A incapacidade de dar forma ao que lhe aconteceu, a aceitar este estado de perda, a leva a imaginar que alguém está segurando a sua mão. Desta maneira, o leitor passa a viver junto com a personagem esta experiência singular. Romance original, desprovido das características próprias do gênero, A paixão segundo G.H. conta, através de um enredo banal, o pensar e o sentir de G.H., a protagonista-narradora.

RESENHA

Enredo
O livro de Clarice Lispector é considerado um romance, mas como foi dito na sinopse, é desprovido das características do gênero. Ou seja, é romance, mas não parece um romance. Isto se dá justamente por conta da falta de um enredo ou uma história específica. "A paixão segundo G.H" é um texto feito puramente de filosofia existencial. Basicamente, o livro inteiro se passa dentro do quarto da ex-empregada de G. H, uma mulher que vive num apartamento de classe alta no Rio de Janeiro e que acabou de perder o seu grande amor, desolada, ela encontra no quarto, um mural com um desenho feito pela empregada e depois abre o guarda-roupa, onde ela encontra uma barata. Com medo, ela fecha a porta em cima da barata e acaba cortando-a ao meio e olhando para o inseto que acabara de matar, ela viaja por toda sua vida, fazendo reflexões deprimentes sobre o mundo, seu próprio modo de viver, o amor e a religião. Tudo isto girando em volta da barata esmagada. Não vou contar o que acontece no final, mas recomendo que você tenha estômago forte porque ela descreve muito bem o inseto morto e o ato final. 

Enfim, é um livro sem enredo, pura filosofia. Enquanto romance, ele não é muito bom, já que ela praticamente não conta uma história, mas é um bom livro.  

Personagens

Não há personagens no livro além de G.H e a barata. Eu posso descrever ambas com uma palavra: mortas. A barata está literalmente morta, já que foi esmagada. G.H estava morta no início do livro, mas morta espiritualmente, sem seu amor, ela se encontra perdida no mundo. Eu não gostei nem um pouco desta personagem, já que odeio gente deprimida em livros, pois me deprime junto. Considero-a dramática e até mesmo louca, devido à perda de seu amor. Mas... isto é apenas para as pessoas mais insensíveis em relação ao amor, como eu. Se você gosta desse tipo de personagem que passa 80% do livro sofrendo por um amor, recomendo a obra de Clarice Lispector. Ao final, depois de filosofar o livro inteiro, G.H ressuscita, depois de passar horas espiritualmente morta encarando a barata e para mostrar que agora ela havia tomado um novo rumo, ela faz uma coisa no mínimo nojenta que eu não vou falar, você vai ter que descobrir.

Escrita

Este livro dispensaria esta categoria, afinal, estamos falando de Clarice Lispector. Mas pra não desmerecer uma autora tão deusa, eu devo dizer que este foi o livro com a escrita mais perfeita que eu já vi ♥ 
Realmente, Lispector é uma gênia na arte de escrever, é aquele tipo de livro que tem palavras formais, mas está numa linguagem atual e tem poucas palavras que ninguém sabe o significado e se tivesse uma história, tenho certeza que seria muito bem colocada. Muitas pessoas se recusam a ler os clássicos porque acham que é muito difícil, mas agora que eu apresento Clarice Lispector (mesmo que não sejam livros clássicos), não tem mais desculpa em relação à isto!

Recomendado para: 

A própria Clarice Lispector diz no início do livro que ele foi feito para pessoas que já tem a alma formada. Bem, eu não gostei muito de "A paixão segundo G.H", então eu acho que não tenho minha alma formada. Mas enfim, o livro é recomendado para pessoas românticas, pessoas que gostam de filosofia existencial (basicamente "quem eu sou? de onde eu vim? pra onde vou?") voltada para o amor e creio que quem gosta de poesia também vá gostar deste livro. Eu não me encaixo nestas características, mas recomendo o livro mesmo assim.

Nota do tio Biel

Ao fim das resenhas, eu colocarei uma nota de 0 a 100 e uma faixa de cores pra representar o nível do livro para mim. É importante ressaltar que as opiniões sobre qualquer livro variam muito e minha nota não deve ser considerada na hora de você escolher se vai ou não ler o livro :D  

Nota 56

PS: G.H. são as iniciais da personagem, não se sabe o nome dela. 

Título original: A paixão segundo G.H
Gênero: Romance (?), Ficção.
Idioma: Português
Lançamento: 1964


O Desaparecimento de Katharina Linden - Helen Grant

E mais uma vez eu estou aqui, hoje para falar do quase perfeito livro de suspense que li ha uns dois dias atrás. O Desaparecimento de Katharina Linden é, sem dúvida, uma obra maravilhosa. De fácil e cativante escrita, contém 56 capítulos, entretanto, todos são curtos e completam o outro. É impossível parar de ler!

SÍNTESE



A pequena Pia Kolvenbach acaba de passar por uma desastrosa perda: sua avó explodiu! Isso mesmo, e devido ao fato ela passou a ser motivo de piada de todos em Bad Münstereifel e seu único amigo é o garoto menos popular da escola, Stefan Fedido.

Quando tudo parece girar em torno da Fräulein Kolvenbach, um estranho acontecimento tira a cidadezinha de seu sossego casual. Durante o festival do Karneval uma garotinha de dez anos que está vestida de Branca de Neve desaparece, todos se põe a procurar pela menina - ou pelo seu corpo - mas ele não está em nenhum lugar! Isso chama a atenção da nossa pequena protagonista que tem ideias mirabolantes do que pode ter acontecido a Katharina Linden, ainda mais após ouvir as histórias que seu velho amigo, Herr Schiller, lhe conta.

Depois de muito tempo sem descobrir pistas, ela e Stefan decidem parar com as investigações, mas uma outra garota desaparece... Agora realmente tudo não faz mais sentido, a mãe de Pia - que é inglesa - já não quer mais que os filhos vivam naquele temor de sair na rua e não voltar mais, porém seu pai - alemão - insiste que esse mal entendido não pode continuar. Então há várias reviravoltas na história, sem que ninguém consiga sequer uma pista do que quer que tenha acontecido com as garotas. Perdoem meu erro, existe sim uma pista: o velho e mal humorado, Herr Düster.

Em algumas partes, o livro fica parado demais e sem emoção, mas as últimas 50 páginas pedem para serem lidas vorazmente, seu coração vai bater forte com cada passo de Pia e Sefan, que estão cada vez mais perto de desvendar esse mistério.

Título Original: The vanishing of Katharina Linden
Gênero: Suspense
Ano de lançamento: 2009
Idioma: Inglês

O sentido de um fim - Julian Barnes

É... mais ou menos.


SINOPSE


“O que você acaba lembrando nem sempre é a mesma coisa que viu.” A frase, dita por Tony Webster, protagonista e narrador de O sentido de um fim, resume bem a ideia central da trama criada por Julian Barnes. Ao reavaliar seu passado, o personagem descobre que há contas a acertar, sentimentos que não foram esquecidos e fatores surpreendentes que ameaçam a tranquilidade de sua vida de aposentado. Vencedor do prestigiado Man Booker Prize 2011, O sentido de um fim é a história de um homem que se esforça para passar a limpo o seu passado. Escrito com a precisão e a habilidade que são a marca de Julian Barnes, um dos mais importantes escritores da atualidade, o livro aborda, de forma brilhante, a sensação de instabilidade cronológica numa elaborada reflexão sobre o envelhecimento, a memória e o remorso. Na juventude, Tony, Alex e Colin eram os melhores amigos na escola. Com a chegada de Adrian Finn, um rapaz tímido, um pouco mais sério e extremamente inteligente, o trio inseparável se torna um quarteto, que jura manter para sempre o laço que os une. Com fome de livros e de sexo, os rapazes acreditavam que suas vidas ainda estavam por começar, sem se darem conta de que tudo já era para valer. 

RESENHA

"O sentido de um fim" é um dos livros mais inteligentes que eu já li, mas não posso dizer que eu realmente gostei dele. Há um excesso de filosofia no texto e um enredo extremamente vazio. Se me perguntarem o que eu aprendi com este livro, eu posso dizer:

1 - Aprendi a pensar nos meus atos antes de fazê-los;
2 - Aprendi que a velhice é para todos e eu devo aproveitar a juventude;
3 - Aprendi coisas que podem levar alguém ao suicídio;
4 - Aprendi a dar valor a um amor verdadeiro;
5 - Aprendi que as memórias somem depois de velho.

Enfim... muitas e muitas coisas vem com este livro e se você quiser, pode aplicá-las em sua vida. Agora se a pergunta fosse sobre o que fala o livro, eu juro que eu não saberia responder direito. O autor enrola tanto escrevendo que eu fiquei perdido na história, ela é muito vazia e rápida, sendo interrompida a todo instante para que o protagonista nos mostre seus pensamentos. 

Sei que ela fala sobre um homem que teve uma namorada e depois de velho, ele recebe uma carta da mãe desta namorada comunicando sua morte (?) e deixando para ele um diário, que estava com esta namorada dele. Ele começa a se comunicar com ela, mas Veronica é uma personagem meio louca e a história se embola toda. 

O livro também é bem pornográfico, inclusive eu não recomendo se você for muito sensível. Ele fala alguns palavrões e há muito erotismo na história. Eu sinceramente, não gosto de livros deste jeito, talvez não tenha uma mente tão desenvolvida para conseguir ler esse tipo de coisa sem ficar incomodado. 

Concluindo, não é um livro que eu recomendo para qualquer um, só se for alguém que tenha muita "experiência" com livros nesse estilo pouca história, muita filosofia...

Título original: The sense off an ending
Idioma: Inglês
Lançamento: 2012
Gênero: Ficção, romance

A Culpa é das Estrelas - John Green (síntese)

Olha eu aqui novamente! Por que? Porque eu preciso escrever sobre o livro que me deixou em uma depressão profunda de algumas horas. Sei que o Gabriel já postou uma resenha (na qual, acho que discordarei bastante dele. e.e') e também sei que eu já deveria ter lido há muito tempo, porém os deuses sabiam que eu só poderia ler agora porque estava predestinado no meu destino a forma como eu consegui esse livro! -q

Enfim, as minhas palavras seguintes não foram compradas, eu vou dizer/escrever o que realmente achei do livro, sem mais nem menos. E não pensem que só porque foi uma pessoa muito especial que me emprestou que isso implicou na leitura: Amigos, amigos. Livros à parte.




SÍNTESE

A história é narrada pela personagem principal, Hazel Grace, uma adolescente que tem que dezessete anos e uma doença que levará para o resto da vida: câncer. Hazel frequenta um Grupo de Apoio para crianças e adolescentes portadores da doença, só que ela não gosta nenhum pouquinho disso. Porém tenho certeza de que ela não saberia o quanto sua vida iria mudar em uma dessas idas ao grupo.

Um dia como qualquer outro, Hazel está ouvindo Patrick - quem comanda o grupo - contar sua longa batalha com a doença e blá blá blá, quando se pega sendo observada por um rapaz muito bonito. Mais tarde ela descobriria que esse rapaz se chama Augustus Waters e que ele era o amor da sua vida.

Mesmo sendo um romance a história é cativante e você anseia por saber  o que acontece com as personagens - eu já havia recebido milhões de spoilers e mesmo assim o livro foi uma descoberta para mim porque, além de toda a história de Hazel e Gus, existe fatos importantes como: a relação de ambos com a família, com os amigos, com a doença. Vivendo cada dia com a dúvida se chegariam até o final. Vendo os colegas do grupo sendo adicionados à lista de mortos no final da reunião... sentindo o peso que traziam para todos com a enfermidade.

Acho que não vão acreditar em mim, porém não foi o romance que me chamou mais a atenção nem que me fez chorar tanto e sim a persistência deles... sabe, uma coisa do tipo: eu sei que estou morrendo e ninguém precisa me lembrar, mesmo assim quero continuar fazendo o que eu faço, okay? Okay.

Desculpem-me pelas palavras mal colocadas, mas eu não conseguiria explicar tudo o que senti nas horas que estive diante das páginas. Não acho que só as pessoas que gostam de historinhas de amor deveriam ler e que há muito mais do que beijos e abraços adolescentes em A Culpa é das Estrelas. Todos precisam ver e sentir o livro antes de critica-lo e dizer que é modinha porque, com certeza, seria o tipo de exemplar que se tivesse na biblioteca e ninguém lesse, eu leria.

A Filha do Escritor - Gustavo Bernardo

E quem diria que esse livro iria me surpreender tanto...

O título me chamou a atenção, confesso, assim que o livro chegou na biblioteca da escola eu quis lê-lo e, mesmo assim, adiei esse encontro por alguns meses.

SÍNTESE



Na semana passada, não teve como evitar. O livro sorriu para mim e tive que trazê-lo para casa. A sinopse faz parecer um livro normal, no qual só o título mesmo chama a atenção, mas a primeira frase do livro fez com que eu o lesse inteiro em um só dia: Ela me perturba.

O narrador-personagem é o doutor Joaquim, psiquiatra e diretor de um hospital no Rio de Janeiro. Certo dia, uma moça de muito boa aparência aparece no estabelecimento dizendo que marcou um encontro com o pai dela lá. O único equivoco é que esse suposto pai seria Machado De Assis. A partir de então, o dr. Joaquim passa a se interessar cada vez mais por Lívia - esse é o nome da paciente, que até o presente momento ele diagnosticou com esquizofrenia.

Cada capítulo, uma descoberta. São poucas páginas com um final maravilhoso! Quem nem em um milhão de anos eu descobriria...

Vale muito a pena ler, de verdade! *-*

Fahrenheit 451 - Ray Bradbury

Olha eu aqui de novo! Vou tentar escrever mais uma síntese, agora sobre Fahrenheit 451. Está sentado? Pois acho que deveria... Essa história é arrebatadora, se eu tivesse um rank de livros mais bem escritos, este estaria no topo, podem ter certeza. 



SÍNTESE

O livro se passa em uma era futurística, o mundo foi dominado pela tecnologia e 99% da população está completamente louca, sem saber como viver sem esses aparelhos. Existem bombeiros nessa era, porém bombeiros completamente diferentes dos que conhecemos hoje em dia. Esses bombeiros não são responsáveis por acabar com o fogo e sim por começar com ele. Ah, é claro que há um motivo para eles incendiarem as casas e estabelecimentos: livros. 

As pessoas são expressamente proibidas de ler e qualquer uma que faça isso acaba por ser punida de uma forma bastante brusca. A história gira em torno de Guy Montag e sua esposa. Ele trabalha no corpo de bombeiros de sua cidade e, mesmo gostando muito de livros não pode ler... enfim, essa é sua vida e ele está acostumado com isso. Só que uma nova família se muda para a casa ao lado; uma menina em especial: Clarisse. Ela vive em meio a devaneios e mostra a Montag uma nova maneira de ver o mundo. Faz ele passar por muitas experiências que são simples, mas mudam sua maneira de pensar.

A narração é rápida e maravilhosa. Não tem como eu falar muito sem spoilers, mas garanto que vale a pena algumas horas na frente dessas páginas!.

Houve uma adaptação bastante antiga para o cinema, mas não consegui achar nenhum link.

O Senhor dos Ladrões - Cornélia Funke

Hey, meus marshmallows lindos! Perdão por sumir por tanto tempo, o fato é que eu estou com problemas na internet e não consigo abrir nada além do facebook. Enfim, nesse período eu li muitos livros e vou tentar postar as resenhas aqui.

O livro que escolhi hoje foi O Senhor dos Ladrões, uma obra antiga e famosa da escritora alemã, Cornélia Funke. 




SÍNTESE

O que eu esperava dessa obra? Com toda a certeza, afirmo, muito menos do que ela me proporcionou. 'O Senhor dos Ladrões - apesar de ser uma obra infantil - transmite um amor a primeira vista de modo que se torna impossível você sequer piscar durante a leitura.

A narração é dividida em algumas partes, nas quais nos apresenta o cotidiano de personagens que - de início - não tem ligação alguma. De um lado temos o detetive Victor, que não bate muito bem da cabeça e vive sozinho... digamos que não completamente, já que não se afasta nem um minuto de suas tartarugas. No outro lado, podemos ver Próspero, Bo e a inseparável turminha que vive junto com eles - Vespa, Mosca, Riccio e, como não poderia faltar, o nosso querido e amado Scipio. Ainda há uma terceira parte, aonde a vida de Scipio é narrada.

No começo, pode parecer tedioso, mas isso é normal em qualquer livro, aos poucos você entra no ritmo e tudo se torna MÁGICO! A trama inicial gira em torno dos dois irmãos que fugiram da tia malvada após a morte da mãe. Ambos foram parar em Veneza, Itália. Só que a cruel Esther não desiste deles e contrata um detetive para encontrar seus sobrinhos. Então temos as aventuras dos irmãos e sua turminha (o que, confesso, não me deixou muito animada). Tudo muda quando descobrimos quem é na verdade o Senhor dos Ladrões e o que ele esconde, a emoção aumenta, você passa a ficar muito ansioso sem sequer saber o que está por vir.

O ápice dessa obra acontece no momento em que os ladrõezinhos recebem um serviço para fazer. O que impressiona é que a pessoa que os contratou não quer ouro, prata, pérola, dinheiro... nada de valor. Bom, nada de valor material. A curiosidade das personagens chega a se comparar com a nossa e assim segue até as últimas páginas. Muitas coisas acontecem rapidamente quando se chega perto do desfecho e quando por fim esse se apresenta, podemos saber o que aconteceu com cada um.

Não posso dizer que é o melhor livro que já li, afinal eu não consigo escolher nenhum, porém tem muitos pontos positivos. Deixou a desejar em algumas partes - que ficaram incoerentes, mas não foi nada muito grave. Indico a pessoas de todas as idades, certa de que não se arrependerão.

Teve uma adaptação para o cinema, no ano que não me recordo no momento. Desculpem por não postar o vídeo aqui.  

Título Original: Herr Der Diebe
Autor (a): Cornélia Funke
Ano de lançamento: 2000
Gênero: Aventura:

O fabuloso destino de Amélie Poulain - Jean-Pierre Jeunet

Hey, hey leitores õ/
Bom, como eu não consigo falar com a Lilah e eu acho que ela esqueceu do blog, eu vou postar isso sem autorização '-'
Hoje não vou fazer a resenha de um livro, mas sim de um filme incrível chamado O fabuloso destino de Amélie Poulain. Afinal, cinema também é arte como a literatura \õ/


SINOPSE

Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família, a inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo ­ e é assim que encontra Dominique (Maurice Bénichou). Ao ver que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e adquire uma nova visão do mundo. Então, a partir de pequenos gestos, ela passa a ajudar as pessoas que a rodeiam, vendo nisto um novo sentido para sua existência. Contudo, ainda sente falta de um grande amor.

RESENHA



Original, simples, diferente, inteligente, confuso, estranho, incrível, maravilhoso, mórbido, medonho... todos estes adjetivos podem servir para descrever o filme "O fabuloso destino de Amélie Poulain". Eu, particularmente, sou um mega-fã da arte francesa, assim como sou do país, da cultura e tudo o mais. Logo na introdução do filme, você repara que não é como qualquer merda americana que nós somos obrigados a engolir e dizermos que é bom.  

O narrador predomina nas falas durante uma boa parte do filme, descrevendo detalhes que você considera desnecessários, mas não critica isto, pelo contrário, se sente encantado. Foi um dos primeiros filmes que eu assisti que não perdem a magia quando são dublados, mas sim acabam ganhando uma magia a mais (inclusive, recomendo que assistam dublado em vez de legendado). 

A protagonista Amélie é uma personagem muito marcante para mim, com uma mentalidade e beleza completamente diferente da de qualquer pessoa normal. A expressão quase imutável dela, o sorriso malicioso, as suas atitudes em relação ao mundo ao seu redor. Os outros personagens também são diferentes dos que estamos acostumados a ver no cinema americano/brasileiro. 

Para assistir este filme, você tem que ter muita atenção, bons olhos e uma mente disposta a trabalhar, não esperar nada água-com-açúcar e nada que você esteja acostumado a ver. Poderá achar que os atores são muito parados, e realmente são, mas isto torna a história do filme ainda melhor. 

Frequentemente, você vai ver algumas cenas e vai pensar que pulou alguma parte do filme, pois não se lembra do que ela fez para estar em alguns lugares, mas calma... no final ela mostrará o que estava acontecendo e você entenderá. Confesso que algumas cenas, eu até hoje não consegui decifrar, mas isto não atrapalhou no meu entendimento e na evolução da história.

E eu jamais poderia deixar de falar do que mais me chama a atenção neste filme: a trilha sonora. Feita por Yann Tiersen, ela é extremamente bonita e cativante. Adequa-se às cenas do filme e algumas como Comptine D'un Autre Éte são dignas de uma cerimônia de casamento. Simplesmente perfeita!

É isto aí, meus leitores, se buscam um filme diferente e inteligente, assistam O fabuloso destino de Amélie Poulain. 

Bom filme e até a próxima! õ/

Nome original:  Le fabuleux destin d'Amélie Poulain
Idioma:  Francês
Gênero: Comédia romântica
Lançamento: 2001

Segue o trailer. Não achei dublado :c








O Coruja - Aluísio Azevedo

Hey, leitores õ/
Cá estou eu com uma nova resenha de um livro que eu demorei um pouquinho pra ler :D


SINOPSE

Publicado em 1887, a obra retrata a classe média oitocentista, e seus problemas como: o casamento, as finanças, a juventude, heranças, intrigas, etc. Ainda que relevante, o personagem que dá título ao romance, é figura secundária dentro do enredo. O protagonista é Teobaldo, André, O Coruja, conheceu no internato e do qual se fizera protetor até a sua morte. Segundo o professor Massaud Moisés, a obra flutua entre o esteticismo com vistas ao entretenimento e o flagrante verídico da conjuntura do final do século XIX.

RESENHA

Antes de mais nada, já deixo a todos avisados. Este livro se trata de um clássico da literatura brasileira, o que significa que você que lê por obrigação ou por modinha irá detestar automaticamente, pois isto sim é um livro "de verdade". 

Bom, este foi o primeiro livro que eu li deste autor, apesar de já ter visto algumas matérias sobre sua obra. Se você reside em São Paulo, com certeza tem ou conhece alguém que tem porque foi um dos livros distribuídos nas escolas públicas. Enfim, como a maioria dos alunos não lê estes livros e eu tenho uma amiga que se encaixa neste grupo, ela me doou o livro quando descobriu que eu me interessava. 

Como quase todo clássico, a história começa interessante e vai se tornando difícil quando está para chegar na metade do livro. Trata-se de um romance extremamente bem-escrito, se você pegar o livro que não é do governo '-' Porque este tinha alguns erros bem bizarros, mas nada que atrapalhasse muito a minha leitura.

Não vou dar muitos detalhes da história, pois creio que a Lila fará a síntese em breve, mas eu direi que é uma história cheia de amor, portanto, se você não gosta deste tipo de história, nem tente ler. O livro me trouxe uma visão interessante sobre como eu deveria viver a minha vida e sobre como a mulher deve ser tratada, além de me trazer uma personagem que ficará pra sempre na minha lista de mulheres dos livros que eu mais gosto, que é a Leonília. 

Este livro te faz pensar em suas ambições, no seu futuro... pense em tudo o que você quer (seja um sonho realizável ou não) antes de ler o livro e quando acabá-lo, reflita se você ainda quer tudo o que desejou. Pense também em como você trata as pessoas ao seu redor e como elas lhe retribuem isto. A leitura do livro de Aluísio Azevedo lhe trará estes pensamentos a tona.

Enfim, coleguinhas... eu não sei muito o que falar, mas digo que é muito bom. 

Se você gosta dos clássicos da literatura ou deseja ler o seu primeiro, eu recomendo muito O Coruja. Realmente um livro maravilhoso...

Título original: O Coruja
Gênero: Romance de amor
Lançamento: 1887
Idioma: Português


O Assassinato de Roger Ackroyd - Agatha Christie

Hey, meus marshmallows lindos!

Fiquei ausente por esses tempos devido a motivos pessoais, mas aqui estou de volta com mais uma síntese de minha autora favorita, Agatha Christie. Desta vez, é sobre um dos livros mais famosos dela, O Assassinato de Roger Ackroyd e, não posso dizer que é o meu preferido (porque não existe preferido quando se trata da Agatha <3) mas é incrivelmente perfeito.



Síntese

A história se passa em uma cidadezinha tranquila, aonde o melhor meio de comunicação são as más línguas, trabalho na qual Caroline é profissional. Seu irmão, o Dr. Sheepard, apesar de nunca admitir isso, sabe que a irmão tem um certo faro para descobrir coisas. Tudo na vida deles muda quando ganham um novo vizinho, o Sr. Poirrot - que na verdade é Poirot, mas um mal-entendido faz com que pronunciem o seu nome de forma errada - um cultivador de abóboras. 
As coisas ficam ainda mais estranhas quando um amigo de Sheepard, o Sr. Ackroyd, começa a passar por mal bocados após a morte da viúva Mrs. Ferrars, que mantinha um estranho relacionamento com Roger. Sheepard acha estranho quando é chamado para uma conversa em particular pelo grande amigo que enfim lhe revela o que aconteceu. 

Sheepard volta para casa, procurando uma forma de ajudar Roger, mas assim que chega em seu lar, recebe um telefonema com uma triste notícia: Roger Ackroyd foi assassinato.

É então que Poirot entra em ação, investigando todas as pessoas que moravam na mesma casa que a vítima e muitas outras também, para no fim nos dar uma esplêndida solução para o crime. 

Ninguém conseguirá pensar da mesma maneira que nosso querido Hercule!.

Título Original: The Murder Of Roger Ackroyd
Lançamento: 1926
Gênero: Romace Policial
Idioma: Inglês.

Provavelmente houveram algumas adaptações para o livro, já que é de tão passada data. Mas não consegui achar nenhum link para vocês.